TARANTELLA

E que, por acaso, a dança trepe, do mais plúmbeo 
deste esforço esforçado, 
Que o transe percussivo dos ossos acerte no mais raso deste caso, 
nas carnes da terra, relha rítmica antes de se chamar cultivo, lavradio, 
E que o mundo, por curiosidade, a isso assista, censurando, celebrando, imitando, até ao desejo, mais raro, 
de matar por isso, atear desse êxtase estrito de estado limite, 
as decisões terminais da epidemia, da orgia, 
do sacrifício 
perguntando como quem não quer a coisa 
muito quem me dera morrer assim, 
que bicho lhe mordeu, 
me morda já