Mark Leech, Primavera
/Tradução de Hugo Pinto Santos
O caminho é um regato na enchente
e cada folha veste
as coisas que gorjeiam, relincham com as novidades.
Mark Leech, The Journal, n.º14 – Outono 2005
Read Moresomos o púlsar das aves/ a rocha linguística/
toda potencia calquera virtualidade/ unha exposición infinita/
un infinito de dor// non cruzamos correspondencias
Chus Pato, Sonora
Tradução de Hugo Pinto Santos
O caminho é um regato na enchente
e cada folha veste
as coisas que gorjeiam, relincham com as novidades.
Mark Leech, The Journal, n.º14 – Outono 2005
Read Moretradução de Hugo Pinto Santos
A distância entre a minha mão
e o chão enche-se com a capivara;
depois aparecem os dentes,
afiados e brilhantes como duas constatações de facto
– tudo aquilo de que ela se vai lembrar –
sobre um animal cujos plácidos olhos negros
e lento passo na pastagem ficam por dizer
nos canaviais varridos de nuvens lembro-me.
Mark Leech, Orbis n.º 132 – Primavera 2005
Read MoreTradução de Hugo Pinto Santos
Lá fora, pulsam táxis,
esferas inchadas batem
janelas encharcadas; o ar quente do bar
expulsa uma canção e põe-na a tocar,
menos poeirenta do que devia.
O tipógrafo faz uma pausa
depois coloca-te nos dentes
de um sorriso de lábios e olhos
antes que a imagem se dissolva
se torne inexpressiva.
Mark Leech, Orbis n.º132 – Primavera, 2005
Read MoreLivros, filmes, ideias.