Caderno 3
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onde encontrará mais informação sobre a publicação e vídeos de leituras de alguns poemas.
«Por intermédio das palavras que flutuam à nossa volta, alcançamos o pensamento»
Friedrich Nietzsche
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tarde chuvosa sombria com
Las Vegas como destino de sonho
ideal, de pelúcia e flamingos
ouvindo pink martinis e vendo cowboys de neon
fumando lucky strikes deleitando-se com o striptease
de showgirls manhosas Barbies à procura do seu ELVIS
por entre as nuvens de fumo
de hotéis de luxo decadente
com lustres estilhaçados onde todos
os princípios barrocos são cortados
ou terminados no tapete ou na cama
dormir ou não dormir
eis a velha e eterna questão
que termina num cabide com ou sem roupa
de perfil por cima de igrejas coloridas
com casamentos ou farsas de tule
cultos mediáticos católicos ou talvez não
Serão eles marítimos?
embarcações drifting up no meio de um mar de cimento
marés vivas com pin ups de vermelho
e canastrões embrutecidos
por que me escreves?
Quem és?
Será que importa? Talvez!
sim ou não?
mas como a curiosidade e os gatos são eternos
amigos amantes e ou rivais
eu estou morta ou talvez não
por saber as respostas ou perguntas!
O puro prazer da escrita e leitura suplanta por vezes o seu objectivo
velha questão literária
a forma ou o conteúdo
batalha campal entre formalistas
russos
ou talvez não.
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Tiago J. Silva, Costa e Kiarostami: o respeito pelo real
Paulo Rodrigues Ferreira, A morte do senhor André
Tatiana Faia, São Luís dos Portugueses em Chagas
João Reis, O livro de Jón e uma língua que não era a sua
William Zeytounlian, Apreço pelo passado
Carla Diacov, Maçã mal cabida
Maria Sousa, Podemos cantar uma canção os dois
Miguel Duarte, Guilhotina
Guilherme Gontijo Flores, A vida e as opiniões do Barnabé Guilherme Gontijo Flores, servidor do Estado
Victor Gonçalves, Elitismo na filosofia
podemos cantar um canção os dois
a valsa da matilde do waits
a voz do vinagre onde o álcool se transforma em som
algures no nosso oeste
cactos e bagaço
o blue valentine na kentucky avenue
uma lágrima numa longa
noite sem fim
porque esperamos?
não sei
juro que não sei sentada na berma
já tenho doses de noites a
mais
de esquinas e portas
de adeus em adeus
elas não suportam a separação
não choram mais porque secaram
i never talk to strangers
o som da cidade
fica restabelecido e já não tenho horas
o relógio parou
e eu fiz um gesto obsceno
e desapareci
Bruno Alves
Carlos Alberto Machado
Catarina Barros
Catarina Costa
Fernando Guerreiro
Helena Bento
Hugo Milhanas Machado
Luís Ene
Margarida Vale de Gato
Maria Sousa
Paulo Kellerman
Paulo Rodrigues Ferreira
Pedro Bernardo Costa
Ricardo Domeneck
Samuel Filipe
Tatiana Faia
Samuel Beckett traduzido por Hugo Pinto Santos
Victor Gonçalves
Capa
João Alves Ferreira
Enfermaria 6, Lisboa, março de 2014, 68 pp.
5€
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